Roma está na mente de muitas pessoas este ano. Isso porque 2025 é um Ano do Jubileu, um período sagrado para os católicos que acontece a cada quarto de século. Milhões de fiéis de todos os cantos do planeta farão uma peregrinação à Cidade Eterna (e, naturalmente, à Cidade do Vaticano) para demonstrar sua devoção e piedade.
Uma das tradições fundamentais do Jubileu é peregrinar por cada uma das quatro Basílicas Papais de Roma – São Pedro, São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros. Cada uma destas basílicas representa uma obra-prima da arte e arquitetura históricas. Das quatro, a basílica que recebe menos atenção – devido à sua localização na periferia de Roma – é São Paulo Extramuros.
Antes de visitar este tesouro arquitetônico muitas vezes negligenciado, aqui estão algumas informações fascinantes sobre a Basílica Papal de São Paulo Extramuros que enriquecerão sua experiência durante o Ano Jubilar.
Visitar Roma durante um ano do Jubileu é um momento especial.
As Origens de São Paulo Extramuros: Uma História de Fé, Poder e Transformação
Para compreender como a Basílica de São Paulo Extramuros surgiu, precisamos voltar ao ano 313 d.C. Foi este o momento que transformou profundamente o mundo ocidental. Naquele período, o general romano Constantino preparava-se para uma batalha decisiva nos arredores de Roma contra seu rival, Maxêncio. O vencedor seria coroado como o único imperador do vasto Império Romano.
O desafio para Constantino era significativo – o exército de Maxêncio superava o seu em número, tornando sua derrota praticamente inevitável. A situação mudou quando ele supostamente avistou uma cruz flamejante no céu acompanhada da inscrição: “In hoc signo vinces” (“Por este sinal, vencerás”). Este evento extraordinário precedeu uma vitória que mudaria o curso da história.
Como se desenrolou a histórica Batalha da Ponte Mílvia:
- As tropas de Constantino não derrotaram Maxêncio por superioridade tática direta. O exército rival havia substituído a Ponte Mílvia por uma passagem provisória de barcos sobre o rio Tibre, esperando dificultar o avanço inimigo.
- Durante o confronto, esta estrutura improvisada não suportou o peso e colapsou, resultando no afogamento de grande parte do exército adversário, incluindo o próprio Maxêncio – uma reviravolta inesperada que favoreceu Constantino.
- Com esta vitória decisiva, Constantino, agora imperador, interpretou o acontecimento como um milagre divino. Como consequência, o cristianismo – anteriormente uma religião marginalizada – tornou-se oficialmente tolerado no império e, posteriormente, se transformaria na religião oficial do Estado Romano.
Esta transformação religiosa do império criou as condições para a construção das grandes basílicas cristãs de Roma, incluindo São Paulo Extramuros, que se tornaria um dos mais importantes centros de peregrinação da cristandade ocidental.
Esta basílica gigantesca deve estar definitivamente em seu itinerário, peregrinação ou não. Crédito da foto: stpaul.jpg
Por que “Extramuros”? A História por Trás do Nome
Com o cristianismo agora uma religião oficial do Império Romano, o imperador Constantino iniciou um ambicioso projeto de construção de templos de adoração. Uma das primeiras basílicas a ser construída foi a de São Paulo. A escolha da localização não foi aleatória – o local foi especificamente selecionado por abrigar a Memoria Apostolorum, o santuário onde os primeiros cristãos vinham orar a São Paulo Apóstolo.
O Último Encontro dos Apóstolos
Em 67 d.C., Paulo e Pedro encontraram-se perto deste local e despediram-se um do outro pela última vez. Dias depois, ambos seriam executados pelas autoridades romanas. Enquanto Pedro foi crucificado na colina do Vaticano (local onde hoje se ergue a Basílica que leva seu nome), Paulo foi decapitado a três quilômetros de distância, fora das Muralhas Aurelianas que delimitavam a cidade de Roma.
A localização “extramuros” (fora dos muros) tornou-se parte fundamental da identidade desta basílica, destacando sua posição geográfica em relação aos limites da Roma antiga e criando um contraste com as outras basílicas papais, todas localizadas dentro do perímetro urbano histórico.
O Sepultamento e o Milagre das Três Fontes
Após a execução de Paulo, uma nobre romana chamada Lucina reivindicou seu corpo e o sepultou em uma vinha próxima ao rio Tibre. Este local tornou-se um ponto de veneração para os primeiros cristãos, muito antes da construção da atual basílica.
Hoje, existe uma igreja construída sobre o local onde Paulo foi executado, chamada San Paolo alle Tre Fontane (São Paulo das Três Fontes). Segundo a tradição, quando Paulo foi decapitado, sua cabeça saltou três vezes, e em cada ponto onde tocou o solo, uma fonte miraculosamente brotou – um simbolismo poderoso da difusão da mensagem cristã mesmo após a morte do apóstolo.
Este local de martírio, combinado com a basílica que guarda seus restos mortais, forma um importante conjunto de peregrinação que milhares de fiéis visitarão durante o Ano do Jubileu de 2025, seguindo uma tradição que remonta aos primeiros séculos do cristianismo.
Depois que um incêndio destruiu parte do mosaico do exterior, foi substituído pelo visto nesta foto. Crédito da foto: Rita Batacchi
A Evolução de São Paulo Extramuros: De Túmulo a Majestosa Basílica
Os Primeiros Passos da Veneração
Aproximadamente uma década após o martírio de Paulo, o Papa Anacleto mandou construir uma modesta capela sobre o local onde se acredita estar sepultado o apóstolo. Este pequeno santuário representou o primeiro reconhecimento oficial da importância do local como centro de veneração cristã.
Em 324 d.C., já sob o reinado do imperador Constantino, uma igreja de proporções um pouco maiores foi erguida no mesmo local. Esta primeira construção constantiniana seria apenas o início de uma longa história de ampliações e reconstruções que culminariam na majestosa basílica que conhecemos hoje.
A Grande Expansão Imperial
Meio século depois, com o cristianismo já firmemente estabelecido e centenas de peregrinos visitando regularmente o túmulo do apóstolo, o imperador decidiu demolir a pequena igreja constantiniana para dar lugar a uma estrutura muito mais imponente e digna da importância teológica e histórica do local.
Este novo e grandioso templo foi consagrado inicialmente pelo Papa Inocêncio I em 402 d.C., embora as obras tenham se estendido por várias décadas, sendo finalmente concluídas durante o pontificado do Papa Leão I, aproximadamente 50 anos depois. A basílica paleocristã estabeleceu um padrão arquitetônico que influenciaria igrejas em toda a cristandade.
A Reconstrução do Século XIX
A estrutura que admiramos hoje preserva em grande parte o desenho original da basílica paleocristã, com exceção de algumas significativas renovações realizadas no século XIX. Estas intervenções foram necessárias após um devastador incêndio que consumiu grande parte da estrutura em julho de 1823.
A reconstrução pós-incêndio, conduzida sob os pontificados de Leão XII, Pio VIII, Gregório XVI e Pio IX, manteve a planta e o estilo originais, preservando assim a conexão histórica com a basílica primitiva. Os trabalhos de restauração contaram com doações de diversos países católicos, transformando a reconstrução em um símbolo da universalidade da Igreja.
Esta continuidade histórica e arquitetônica faz de São Paulo Extramuros um testemunho único da evolução do cristianismo, desde seus dias de perseguição até sua afirmação como força cultural dominante no mundo ocidental – uma história que os peregrinos do Jubileu de 2025 poderão vivenciar em primeira mão.
O arco triunfal foi feito para homenagear São Paulo. Crédito da foto: Mentnafunannann
Visitando São Paulo Extramuros: Uma Experiência Monumental
Ao se aproximar desta basílica gigantesca, a primeira característica que certamente impressionará os visitantes é seu magnífico pátio arcadado – o maior complexo deste tipo em toda Roma. No centro deste espaço imponente ergue-se uma estátua monumental de São Paulo, meticulosamente esculpida em mármore de Carrara pelo artista Giuseppe Obici durante o século XIX, simbolizando a grandiosidade do apóstolo e sua importância para a fé cristã.
A Fachada e suas Portas Simbólicas
Posicionando-se diante da fachada majestosa, você identificará três entradas principais. A porta localizada à direita é a Porta Santa, que permanece fechada na maior parte do tempo. Entretanto, por estarmos em um Ano Jubilar, esta porta encontra-se aberta para receber os peregrinos e permanecerá assim até o Natal de 2025 – uma oportunidade única que acontece apenas a cada 25 anos.
A Impressionante Nave Principal
Ao adentrar a nave principal de impressionantes 134 metros (440 pés) de comprimento, o visitante é imediatamente tomado pela sensação de vastidão do espaço interior, estruturado em cinco corredores separados por 80 colunas monumentais. São Paulo Extramuros figura entre as 15 maiores igrejas do mundo (ocupando o segundo lugar em Roma, atrás apenas da Basílica de São Pedro), e esta magnitude torna-se evidente assim que se penetra em seu interior.
A decoração dourada que predomina no ambiente é majoritariamente fruto da reconstrução neoclássica do século XIX, realizada após o devastador incêndio de 1823. As paredes laterais da nave são adornadas com uma sequência cronológica de pinturas que narram episódios significativos da vida de São Paulo, desde sua conversão na estrada de Damasco até seu martírio em Roma.
Esta combinação de arquitetura monumental, decoração refinada e profundo significado histórico-religioso faz da visita a São Paulo Extramuros uma experiência imperdível durante o Ano Jubilar de 2025, permitindo aos peregrinos conectarem-se com quase dois milênios de história cristã em um dos mais importantes santuários da fé católica.
O interior está cheio de enormes colunas de mármore e belos mosaicos de ouro que você não vai querer perder. Crédito da foto: pymouss
Tesouros no Interior da Basílica: Arte e Tradição
Os Medalhões Papais e a Profecia do Fim dos Tempos
Entre os elementos mais fascinantes do interior de São Paulo Extramuros estão os 265 medalhões imponentes que adornam as paredes ao longo de toda a nave. Esta galeria única no mundo cristão apresenta um medalhão para cada papa que já ocupou o trono de São Pedro, formando uma linha do tempo visual da história do papado.
Ao percorrer a basílica, o visitante pode seguir cronologicamente esta sucessão ininterrupta desde São Pedro até o Papa Francisco. É interessante notar que apenas os pontífices mais recentes são provavelmente representados com fidelidade em seus retratos, enquanto as imagens dos papas dos primeiros séculos são recriações artísticas baseadas em descrições históricas ou simplesmente interpretações simbólicas.
Uma tradição intrigante associada a estes medalhões diz que quando não houver mais espaço nas paredes da basílica para acomodar um novo retrato papal, o mundo chegará ao seu fim. Esta lenda, embora não faça parte da doutrina oficial católica, acrescenta um elemento de mistério à visita. Para tranquilidade dos visitantes mais apreensivos: há espaço suficiente para acomodar pelo menos mais 8 papas antes que tal profecia pudesse se concretizar.
Esta coleção de medalhões representa não apenas uma impressionante realização artística, mas também uma poderosa conexão visual com quase dois milênios de história da Igreja Católica, tornando-se um dos principais pontos de interesse para peregrinos e visitantes durante o Ano Jubilar de 2025.
Dentro da basílica, o papa atual é sempre iluminado. Crédito da foto: Anbonifacio
A tumba de São Paulo
Embora sempre tenha circulado a lenda de que a igreja foi erguida sobre o local onde repousam os restos de São Paulo, as autoridades eclesiásticas confiaram na tradição e admitiram que havia fundamento nessa história. Durante o Ano Santo de 2000, muitos peregrinos relataram frustração ao perceberem que não conseguiam tocar – e nem ver claramente – o túmulo do apóstolo.
Em resposta a essa decepção, em 2002, arqueólogos do Vaticano iniciaram escavações no local. Em dezembro de 2006, eles anunciaram a descoberta de um sarcófago de mármore branco sob o altar de São Paulo, fora dos muros da antiga basílica.
Três anos depois, o Papa Bento XVI revelou os resultados de uma datação por radiocarbono realizada nos restos encontrados no sarcófago sob o altar. O exame indicou que os ossos datam do primeiro ou segundo século, reforçando a hipótese de que, de fato, pertencem a São Paulo. Assim, os peregrinos que participarem do Jubileu de 2025 poderão finalmente contemplar a suposta tumba de São Paulo com seus próprios olhos.
Olhe abaixo do altar para ver a tumba de São Paulo. Crédito da foto: stpaul.jpg
Perguntas Frequentes sobre São Paulo Fora dos Muros
Posso visitar a Basílica de São Paulo Fora dos Muros durante o Ano do Jubileu?
Sim! Durante o Jubileu de Roma de 2025, a Basílica de São Paulo Fora dos Muros ficará aberta a peregrinos e visitantes, pois é uma das quatro basílicas papais principais e exerce papel central nas celebrações jubilares
Posso atravessar a Porta Santa da basílica?
Pode sim. A Porta Santa, símbolo de fé e renovação, foi aberta em 5 de janeiro de 2025 (Vigília da Epifania) e só é acessível durante os anos do Jubileu Giubileo 2025.
Quais são os horários de visitação?
A basílica normalmente está aberta diariamente. Para aproveitar melhor a visita e evitar as maiores filas, recomenda‑se chegar logo pela manhã ou no final da tarde
Você é um fã de história? Não perca a visita a arte e os artefatos históricos do Vaticano.
A Porta Santa, presente nas quatro basílicas papais de Roma – São Pedro, São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Fora dos Muros – é aberta somente nos Anos Santos (Jubileus), simbolizando o caminho de misericórdia e perdão que Deus oferece ao fiel arrependido A12 – Conectados pela FéVia Crucis –. O rito de inauguração marca o início oficial do Ano Jubilar, concedendo a quem a atravessa a possibilidade de receber a indulgência plenária, uma remissão total da pena temporal dos pecados já confessados Vatican NewsInstituto Católico de Liderança. Essa tradição remonta ao século XV, unindo fé, liturgia e história em um gesto que conecta o presente aos séculos de devoção cristã Via Crucis –Jornal O São Paulo.
O que é a Porta Santa?
A Porta Santa (em latim, Porta Sancta) é uma porta solene, normalmente selada, existente apenas em algumas basílicas papais de Roma.
Ela permanece fechada fora dos anos jubilares e, durante o Jubileu, é aberta em cerimônia solene pelo Papa ou pelo Cardeal Arcipreste, convocando os fiéis a “entrar no ano de graça” e renovar sua comunhão com Deus.
Localização nas Basílicas Papais
São Pedro (Vaticano)
São João de Latrão
Santa Maria Maior
São Paulo Fora dos Muros
Cada uma dessas Portas Santas reforça o laço entre a tradição da Igreja e a vivência espiritual dos peregrinos Jornal O São Paulo Vatican News.
Significado Espiritual
A abertura da Porta Santa representa:
Caminho de Salvação – simboliza a passagem oferecida por Cristo, da encarnação à ressurreição, abrindo a “porta” para a reconciliação com Deus radioalvoradalondrina.com.br.
Misericórdia Divina – convoca o fiel ao arrependimento, mostrando que Deus está sempre disposto a acolher quem busca perdão A12 – Conectados pela Fé.
Indulgência Plenária – ao atravessá-la com as devidas condições (confissão sacramental, Eucaristia, oração pelas intenções do Papa e abandono total do pecado), o peregrino recebe a remissão completa da pena temporal dos pecados Vatican NewsInstituto Católico de Liderança.
Cerimônia de Abertura
São Pedro (Vaticano): 24 de dezembro de 2024, Missa do Galo presidida pelo Papa Francisco A12 – Conectados pela Fé.
São João de Latrão: 29 de dezembro de 2024 ACI Digital.
Santa Maria Maior: 1º de janeiro de 2025 ACI Digital.
São Paulo Fora dos Muros: 5 de janeiro de 2025, rito presidido pelo Cardeal Arcipreste James Michael Harvey Vatican NewsGiubileo 2025.
Por que a Porta Santa só é aberta no Jubileu?
O Jubileu é um Ano Santo que ocorre a cada 25 anos (ou em ocasiões especiais), dedicado à reconciliação, à esperança e à indulgência plenária. Via Crucis –ACI Digital
Manter a Porta Santa fechada fora desse período ressalta o caráter extraordinário do Ano Jubilar, tornando-o um tempo de graça singular na vida da Igreja
A porta sagrada está aberta apenas durante os anos do Jubileu. Crédito da foto: stpaul.jpg
Buscando atrações próximas a St. Paul’s
Eu vejo que o usuário mencionou algumas atrações perto de St. Paul’s, como a San Paolo alle Tre Fontane, as caminhadas ao longo do Rio Tibre, o Museu Centrale Montemartini e Testaccio. Vou buscar mais informações sobre esses lugares e talvez identificar algumas outras atrações ao redor de St. Paul’s. Usei o critério de citar várias fontes confiáveis para garantir uma visão rica e informada. Isso me ajudará a fornecer uma resposta completa e detalhada.
Procurando atrações perto de San Paolo
Vou preparar um resumo com as principais atrações em torno de San Paolo fuori le mura. Começo com as imediatas: a San Paolo alle Tre Fontane, Caminhada pelo Rio Tibre, o Museu Centrale Montemartini e Testaccio. Depois, vou buscar mais atrações como as Catacumbas de São Calixto, São Sebastião, e a Pirâmide Cestia, incluindo opções como a Villa degli Ostili. Minha estratégia é procurar individualmente por cada ponto para ter informações completas e buscar fontes diversas. Assim, a resposta fica bem detalhada!
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Visão Geral das Atrações Próximas a São Paulo Fora dos Muros
A Basílica de São Paulo Fora dos Muros situa‑se no quartiere Ostiense de Roma, uma região com forte identidade histórica e cultural, onde muralhas seculares e monumentos industriais se misturam ao pulsar moderno da cidade. Nos arredores imediatos, você encontrará tanto sítios arqueológicos ligados aos primeiros séculos do cristianismo quanto espaços dedicados à arte, ao lazer e à gastronomia típica romana. Abaixo, detalhamos as principais atrações para enriquecer sua visita.
San Paolo alle Tre Fontane
Localizada a cerca de 1 km ao sul da basílica, San Paolo alle Tre Fontane marca o suposto local do martírio de São Paulo, onde — segundo a tradição — três fontes milagrosas teriam jorrado ao tocar o chão. A igreja original, fundada no século VII, foi reconstruída em estilo barroco no século XVI e preserva relíquias e afrescos que remetem à vida do apóstolo.
Santa Maria Scala Coeli
Aninhada dentro do complexo das Tre Fontane, a Santa Maria Scala Coeli (Nossa Senhora da Escada para o Céu) é uma pequena capela trappista do século XIX, famosa pela escadaria monumental que remete à “escada de Jacó”. O ambiente silencioso e devoto oferece um contraponto contemplativo às grandes basílicas, sendo ideal para momentos de oração mais íntimos.
Passeios ao Longo do Rio Tibre
A poucos minutos a pé da basílica, a margem do Rio Tibre convida a caminhadas tranquilas, especialmente ao entardecer, quando a luz do pôr do sol reflete na água e nas pontes históricas. A via pedonal que acompanha o rio permite observar trechos das antigas muralhas e do Porto di Ripa Grande, lembranças do passado fluvial de Roma.
Museo Centrale Montemartini
Instalado em uma antiga central termoelétrica inaugurada em 1912, o Museo Centrale Montemartini mescla máquinas industriais originais com esculturas clássicas provenientes de escavações na cidade. Essa justaposição inusitada faz do museu um dos exemplos mais notáveis de arqueologia industrial, exibindo obras que vão do século II a.C. ao III d.C.
Bairro de Testaccio
O Testaccio é um bairro genuinamente romano, conhecido por sua cena gastronômica eclética e mercado ao ar livre, onde barracas vendem frutas, queijos e pratos prontos típicos. Entre suas ruas, vale visitar também o antigo Matadouro de Roma, hoje revitalizado como centro cultural, e vários bares tradicionais que preservam o espírito popular local.
Pirâmide de Caio Céstio
Erguida em 12 a.C. como túmulo de Gaius Cestius, a Pirâmide de Caio Céstio é uma construção singular inspirada nas pirâmides egípcias. Situada ao lado da Porta San Paolo, integra-se ao circuito das Muralhas Aurelianas e abriga exposições temporárias em seu interior, acessíveis mediante reserva.
Catacumbas de San Sebastiano
A cerca de 1,5 km pelo antigo traçado da Via Appia, as Catacumbas de San Sebastiano são um dos poucos cemitérios subterrâneos cristãos ainda parcialmente preservados. Percorrendo corredores e câmaras funerárias, o visitante tem contato direto com a história das primeiras comunidades cristãs em Roma.
Em suma, a área ao redor de São Paulo Fora dos Muros oferece um leque riquíssimo de experiências: da devoção histórica ao apóstolo aos banhos de cultura contemporânea, passando por gastronomia, arte e paisagens fluviais. Planeje seu roteiro para combinar atrações conforme seu interesse e aproveite ao máximo cada canto deste pedaço singular de Roma!
Confira o bairro de Testaccio após sua visita para reabastecer.
A Basílica de São Paulo Fora dos Muros está situada no quartiere Ostiense, a cerca de 3 km ao sul do centro histórico de Roma, e é facilmente alcançável por metrô, ônibus ou táxi. A estação de metrô San Paolo (linha B) fica praticamente “atrelada” à basílica, a poucos metros de caminhada, enquanto diversas linhas de ônibus param nas imediações. Para quem parte da Estação Termini, o táxi é a opção mais rápida, levando cerca de 10 min e custando em torno de € 23–28.
Visão Geral: Localização e Transporte
A Basílica Papal de São Paulo Fora dos Muros encontra‑se fora das Muralhas Aurelianas, no distrito Ostiense de Roma, sendo também atendida pela ferrovia suburbana Roma–Lido na mesma estação do metrô San Paolo. Wikipedia
Metrô
A forma mais direta é pelo metrô (linha B), desembarcando na estação Basilica San Paolo, que foi inaugurada em 1955 e situa‑se na interseção de Viale Giustiniano Imperatore com Via Gaspare Gozzi, logo atrás da basílica. Wikipedia
O metrô de Roma opera das 5h30 à meia‑noite e conta apenas com três linhas; a B cobre desde a zona nordeste até o sul da cidade, incluindo o trecho que serve San Paolo.
Da saída da estação, são menos de 200 m de caminhada, sinalizados, até a entrada principal da basílica. Wikipedia
Ônibus
Roma dispõe de uma vasta rede de ônibus (operada pela ATAC) que circula das 5h30 às 24h, cobrindo toda a cidade. Rome.info
Entre as linhas que param nas proximidades da basílica estão:
Linha 23: conecta áreas como Trastevere e Testaccio, passando perto da estação San Paolo.
Linha 769: opera entre a própria basílica e pontos ao longo da Via Appia, sendo útil para quem deseja explorar também as catacumbas e sítios arqueológicos próximos.
Além disso, há serviços diretos de ônibus partindo da Estação Termini até a parada Ostiense/Efeso, com viagens a cada hora e duração aproximada de 20–22 min.
Táxi
Para quem prefere conforto e rapidez, o táxi de Roma (taxímetro) pode ser chamado na rua ou reservado por aplicativo.
Do Roma Termini até São Paulo Fora dos Muros, a corrida dura cerca de 10 min e o valor estimado fica entre € 23 e € 28, dependendo do tráfego e horário.
Bilhetes e Dicas Práticas
– BIT (Biglietto Integrato a Tempo): custa € 1,00 e vale para ônibus, metrô e tram por 100 min a partir da validação
– Roma Pass (48 h ou 72 h): inclui acesso ilimitado a transporte público e entrada gratuita em dois ou mais museus e sítios arqueológicos.
– Valide seu bilhete ao embarcar no ônibus ou na catraca do metrô para evitar multas. Rome.info
Em qualquer opção, basta seguir as placas indicativas para “San Paolo Fuori le Mura” e você chegará em poucos minutos ao interior desse magnífico complexo papal.
Existem muitas maneiras de chegar ao St. Paul do lado de fora dos muros que se adequam a qualquer orçamento.
A Basílica de São Paulo Fora dos Muros mantém uma conexão profunda e institucional com o Vaticano, mesmo estando situada fora do território da Cidade do Vaticano.
Basílica Papal e Jurisdição do Papa
São Paulo Fora dos Muros é uma das quatro basílicas papais de Roma, ao lado de São Pedro, São João de Latrão e Santa Maria Maior. Essas basílicas possuem status especial na Igreja Católica e estão diretamente ligadas ao Papa. Embora não esteja localizada dentro da Cidade do Vaticano, a basílica permanece sob a jurisdição do Papa e desempenha um papel significativo em cerimônias religiosas, especialmente durante os Anos Santos (Jubileus).
Propriedade Extraterritorial da Santa Sé
A basílica é considerada uma propriedade extraterritorial da Santa Sé, conforme estabelecido pelo Tratado de Latrão de 1929. Isso significa que, embora esteja fisicamente em território italiano, a basílica goza de imunidade e soberania papal, semelhante às embaixadas. A Itália reconhece legalmente a soberania do Papa sobre o local, concedendo-lhe imunidade conforme o Direito Internacional.
Importância Histórica e Religiosa
A Basílica de São Paulo Fora dos Muros é tradicionalmente reconhecida como o local de sepultamento do apóstolo Paulo. Desde os primeiros séculos do cristianismo, o local tem sido um importante destino de peregrinação. Durante os Anos Santos, a basílica é um dos locais onde os fiéis podem atravessar a Porta Santa e receber indulgência plenária, reforçando sua conexão espiritual com o Vaticano.
Em resumo, apesar de sua localização fora dos muros da Cidade do Vaticano, a Basílica de São Paulo Fora dos Muros está intrinsecamente ligada ao Vaticano tanto juridicamente quanto espiritualmente, desempenhando um papel vital na tradição e nas práticas da Igreja Católica.
O Vaticano tem uma conexão especial com St. Paul do lado de fora dos muros e não deve ser desperdiçada.
