Nos últimos anos o Brasil tem visto um crescimento exponencial no número de bicicletas, seja para lazer ou se deslocar no dia a dia. Independentemente do tipo uso, as pessoas que têm bicicleta possuem algo em comum: a procura por onde pedalar.
Para quem busca uma conexão maior com ambientes naturais, uma boa notícia: a grande maioria das unidades de conservação brasileiras, em todas as regiões, possuem trilhas e estradas em que a bicicleta é extremamente bem-vinda.

Estes dados vêm de um relatório ainda inédito, realizado por uma parceria entre o ICMBio e a Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), que deve ser lançado em fevereiro de 2025, com informações a respeito do uso da bicicleta em unidades de conservação federais.
7 parques nacionais para explorar de bicicleta
Parque Nacional de Sete Cidades (Piauí)
Com grande parte do terreno em locais planos ou aqueles famosos “quase” planos, com altimetria relativamente baixa, é possível dizer que o Parque Nacional de Sete Cidades tem a vocação para roteiros de bicicleta. Mesmo que não seja super experiente no pedal pode se sentir confortável para conhecer esta pérola piauiense.

Localizado nas cidades de Piracuruca e Brasileira, no nordeste do estado, está em uma região de transição entre cerrado e caatinga. Ou seja: com flora e fauna bem particulares. Além de possuir diversas trilhas, o Sete Cidades conta com bicicletário para visitantes.
Mas tem outro ponto que o destaca no aspecto ciclístico: além dos trajetos existentes dentro da sua própria área, ele é parte da rota Caminhos de Ibiapaba, que o conecta ao Parque Nacional de Ubajara (CE).
Parque Nacional de Ubajara (Ceará)
Parte da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso, a Caminhos de Ibiapaba conta com 130 km e conecta estas duas unidades de conservação, localizadas em dois estados diferentes do Nordeste.

O Parque Nacional de Ubajara já é um dos parques reconhecidos nacionalmente como ideal para a prática do mountain bike –atividade de ciclismo com terrenos acidentados em meio à natureza. Além de ter um atrativo chamado Trilha Bike, a unidade conta com outros caminhos onde pedalar é umas das melhores formas de conhecer toda a exuberância do local: cânions, mirantes, grutas e cachoeiras.
O parque conta também com um teleférico, ideal para apreciar as belezas da região.
Parque Nacional Restinga de Jurubatiba (Rio de Janeiro)
Com cerca de 130 km de áreas pedaláveis, esta verdadeira joia do Norte fluminense é considerada a faixa de restinga (um ecossistema que ocorre ao longo de regiões litorâneas, especificamente na Mata Atlântica) mais bem preservada do Brasil. São 44km de costa, com nada menos do que 18 lagoas costeiras –um dos principais atrativos deste Parque Nacional localizado à beira-mar.

A trilha de bicicleta mais popular é o trecho da praia de Carapebus – Lagoa Azul, que passa por diversos visuais únicos do litoral brasileiro. O Parque fica nos municípios de Carapebus, Quissamã e Macaé e um dos grandes destaques em relação à fauna é a presença de aves migratórias. Com águas que variam em tons de azul e verde, mais salobras e menos salobras, é uma excelente opção para quem procura onde pedalar na natureza.
Parque Nacional da Serra do Gandarela (Minas Gerais)
Um dos parques nacionais mais jovens do Brasil, o Serra do Gandarela foi criado em 2014. E está presente no imaginário de ciclistas de montanha de Minas Gerais e de todo o país. Não é por acaso: são aproximadamente 400km de trilhas para bicicleta.

A cerca de 40 km de Belo Horizonte, ele faz parte da região que vem sendo chamada de Cordilheira do Espinhaço –maior cadeia de montanhas do país e patrimônio natural reconhecido pela Unesco. Com tantas montanhas no entorno, o Parque rapidamente se tornou um queridinho para ciclistas, que aproveitam o pedal para conhecer serras exuberantes, cachoeiras e visuais incríveis.
Parque Nacional do Viruá (Roraima)
Reconhecido mundialmente como Sítio Ramsar, pela importância das águas do seu entorno, o Parque Nacional do Viruá é também uma excelente opção para conhecer o Brasil de bicicleta. Melhor ainda: para conhecer a Amazônia em cima de uma bike.

Com diversas trilhas pedaláveis, inclusive com sinalização, a unidade também é referência quando o tema é biodiversidade. São mais de 1.200 espécies de vertebrados, com mais de 500 tipos de aves e outros 500 tipos de peixes.
Parque Nacional da Serra do Itajaí (Santa Catarina)
O Circuito de Cicloturismo do Vale Europeu, em Santa Catarina, é considerado um dos principais polos para o turismo em bicicletas de toda a América Latina. Logo, o Parque Nacional da Serra do Itajaí, localizado no coração do Vale, não poderia ficar de fora.

Com uma área dividida entre 8 municípios (o maior deles sendo Blumenau), a unidade conta, inclusive, com um roteiro específico: o Circuito do Parque da Serra do Itajaí. Com 267km passando pelas cidades que margeiam o parque, ele é indicado para ciclistas mais experientes. Afinal, são mais de 5 mil metros de subidas e descidas.
Para quem tem menos experiência, e ainda assim está querendo pedalar para conhecer a região, o parque oferece trilhas alternativas. Dentro da área da unidade de conservação são mais de 150 km para pedalar.
Floresta Nacional de Brasília (Distrito Federal)
Mesmo não sendo um parque nacional, a Floresta Nacional de Brasília tinha que fazer parte desta lista. Afinal, a unidade conta com a maior trilha de mountain bike sinalizada dentro de uma unidade de conservação brasileira, com 48 km.

Com uma beleza natural marcante em plena capital federal, a Flona conta com outros circuitos, para diversos gostos e preparações: de 5, 14 21, 27 e 32km, todos específicos para serem percorridos por bicicleta. Se você está procurando onde pedalar, esperamos que esse texto tenha dado ideias para conhecer o Brasil em cima de uma bicicleta.